terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Tufinho fecha o ano com chave de ouro

Update mais que feliz de tufinho, a planta que renasceu das cinzas (na verdade de um emaranhado marrom de galhinhos...) e agora tem total atenção em sua recuperação. Veja você, leitora, que belezura de tufo!

Aqui tufinho pega o sol da manhã em todo seu esplendor de pré-arbusto. Relembre a evolução da plantinha aqui e aqui. Tirei essa foto há uns 4 dias e no momento já temos mais galhinhos nascendo, tá de vento em popa!

Receita: Pasta de gorgonzola express

Essa é para quem tem pressa de petiscar:

Pasta de gorgonzola express

Ingredientes:
- 2 colheres de sopa cheias ou 30g de gorgonzola
- 1 colher de sopa cheia de creme de leite
- pimenta brancoa moída na hora à vontade (1/2 pitada para os fraquinhos, 1 pitada ou + para os corajosos)
- 1/2 pitada de alecrim e 1/2 pitada de orégano (quanto mais pulverizados estiverem estes temperos melhor)
- 1 pitada de sal (um tico só)

Preparo: Amasse o gorgonzola com um garfo já no recipiente em que irá servir a pasta (é express, uai!). adicione o creme de leite e os temperos e misture com o garfo ou com mini batedores (meus preferidos!).

Rendimento: eu digo para uma pessoa que a-d-o-r-a gorgonzola ou para duas que estejam dispostas a dividir com muito amor e carinho :)

Mini batedores - um capítulo à parte

Os mini batedores são uma obsessão por aqui. Comprei o kit com três no Hortifruti sem saber muito bem se iria usá-los mesmo ou se era pela pura obsessão por coisas pequenas e fofas. Por fim os batedorezinhos são muuuito usados por aqui. Além de misturar pastinhas express como estas eles servem para misturar porções individuais de vinagretes para temperar saladas (conseguem incorporar o azeite com o vinagre ou limão). Para pastinhas, vinagretes ou outros molhos tipo com mostarda, por exemplo, fica a dica dessas fofuras super úiteis!

Foto gorgonzola: http://espaco.gourmet.zip.net/images/gorgonzola_2.jpeg
Foto batedores: http://www.casargs.com.br/descProduto.php?produto=3787

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Estranhos habitantes de um jardim urbano

Nesta época do ano, quando o tempo está ensolarado, por volta das 11h o sol vem e faz festinha nas plantas da minha janela. O momento não dura muito, mas chama a atenção.

Ficou assustada com o pavão no canto inferior direito? Há! Isso não é nada! Acontece que desde que comecei a acompanhar a Casa Claridade passei a reunir todo tipo de micro objeto de decoração estranho que ficava guardado por aqui com a temática duendes, fadas e fauna nos vasos de planta. A Hazel me convenceu de que é um local super adequado para estes seres da natureza e que além disso os duendes cuidam das plantas o_0

Bem, o pavão na verdade é a única excesão (na categoria objetos guardados, mas não da categoria estranhos...). Ele foi presente de aniversário do mais que simpático pessoal do Pavão Azul e estava meio perdido rolando pelo quarto sem saber aonde ficar. Resolvi espetá-lo no vaso, que revelou-se o local mais adequado e o bichinho ficou feliz de estar perto da natureza (por aqui todos os objetos têm personalidade própria, vontades e desgostos).

Em breve mostro os outros habitantes surreais do jardim. Estou na verdade planejando uma arrumação mais estilosa pra essas plantas. Nos últimos meses algumas morreram e outras renasceram das cinzas, reconfigurando tudo. Estava esperando a primavera pra replantar (tenho trauma de replantar em qualquer época, na verdade) mas daqui a pouco-pouquinho entra o verão e nada.

Nota: este post poderá ser removido a qualquer momento para O GansO.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Favoritos - Luli

Estou adorando acompanhar o www.luli.com.br. Quem é o Luli? Bem, você pode até ler o resumo na página inicial do blog, mas pode também ir direto pro resumo: o cara é uma fi-gu-ra! Melhor ler um post ou ver uma palestra dele no blog ou no youtube pra tentar ter uma idéia melhor.

Não deixe de ler "Gigatendências" I, II e III e também "Marcas e conversas" I, II e III. Parece que a criatura entrou numa espécie de transe para falar sobre as tendências do mercado e do mundo digital, cuspindo fotos e vídeos, falando até de taoísmo e artes marciais. Contra-indicação: comprei um smartphone depois de ler diversos artigos em série e repetidas vezes.

Outros favoritos da Empresária neuróticA: http://empresarianeurotica.blogspot.com/search/label/favoritos

domingo, 13 de dezembro de 2009

Dia 08


Para acompanhar melhor esta série recomendo a leitura do Prólogo.

Este foi meu dia de cão (ok, o segundo...). A confusão mental que tomou conta de mim no final do dia anterior perdurou pelo dia inteiro. Em todas as minhas meditações repetia-se o ciclo anapana-confusão mental-start again (ou seja, observava a respiração para tentar alcamar a mente e iniciar o exercício da técnica Vipassana mas começava a pensar em todo tipo de coisas estranhas e tinha que recomeçar tudo observando a respiração, voltar ao começo...).

Pequena pausa taoísta

Uma das coisas interessantes que pude observar com a experiência do retiro (e lá observar=experimentar até o último fio de cabelo) é justamente esta oscilação de humor que somos capazes de ter independentemente dos estímulos externos que temos. A maioria das pessoas é muito eficiente em culpar o exterior pelas desgraças que acontecem em suas vidas, pelo seu mau humor, por quase tudo. Mas é a nossa reação aos estímulos externos que pode levar às situações indesejáveis, ou mesmo agravar situações que originalmente não teriam um potencial tão grande assim. No centro há uma rotina, o que muda são os discursos e as instruções que vão te guiando a avançar na técnica. Em tese não deveríamos ter grande oscilações de humor, mas dentro desta rotina os dias podem ser/parecer inacreditavelmente diferentes. Devemos estar atentos à nossa percepção da realidade, dentro/fora são mundos distintos. Reagindo e julgando definimos a realidade, e definindo o que não pode ser definido, o que é infinito, nos afastamos dela.

Em diversos momentos, partes dos discursos e em observações pessoais (incluindo esta) relacionava tudo com o taoísmo (no fundo é tudo a mesma coisa, mas isso é outra história...). E uma dessas comparações que me marcou muito foi com discurso de smile-start again. Explico: sua mente está uma confusão e não consegue se concentrar pra meditar (nem mesmo simplesmente observar sua respiração)? Aceite a confusão, faz parte (da vida), não crie aversão a ela (aversão=negatividade), sorria, e comece de novo. O Tao também fala sobre sorrir e até rir das coisas ao invés de levá-las tão a sério.

"Se um sábio da mais alta categoria ouve falar do Tao,
enche-se de brios e segue-o com fervor.
Se um sábio medíocre ouve falar do Tao,
num momento, acredita, noutro, duvida.
Se um sábio inferior ouve falar do Tao,
ri às gargalhadas.
Se não ri alto,
então não se tratava ainda do verdadeiro Tao."
(TAO XLI)


Voltando à confusão mental...

Imagine que eu já estava soltando fogo pelas ventas, e pra completar, a bateria do meu relógio analógico acabou. O "problema"? Eu estava usando ele para controlar meu tempo nos intervalos e às vezes deitar por 5 minutos (não mais que isso, pra evitar a sonolência). Descansava entre as atividades de micro caminhadas no micro jardim e varrer o quarto ou varanda. Decidi então pedir meu celular (que eu havia entregue à organização no primeiro dia) à gerente. Ela me perguntou imediatamente para que eu queria o aparelho, me olhando como se eu fosse ligar pra alguém na primeira oportunidade. Acontece que, quando cheguei, no Dia 00, eles disseram que podíamos ficar com o celular para ver a hora se quiséssemos. Como eu havia levado o relógio analógico e particularmente detesto celular, falar no celular e em qualquer tipo de telefone, entreguei com alegria meu aparelhinho junto com os outros pertences que seriam devolvidos somente no último dia. E assim, apesar de terem dito que poderíamos portar o celular eles não me devolveram o meu quando pedi de volta. Comecei a gerar um sankhara de raiva muito poderoso, e depois novamente outro sankhara de raiva por estar com raiva de uma coisa tão idiota. Enfim, a confusão mental só ganhava mais combustível.

E a vaca foi...

Percebi que tudo era um movimento de autoboicote quando tive novamente vontade de fugir do centro. E a vontade era grande, fugir era tão fácil, tão mais fácil do que aturar aquilo (no caso, a minha mente doida). Me agarrei ao que pude, e a essa altura a única coisa que me restava era a teimosia. Sou extremamente, absurdamente, inacreditavelmente teimosa, e daquela vez teimei, teimei... em ficar! Sim, cada um faz o que pode... A partir dali, nas meditações, comecei a ver duas Designers (euzinhas), imaginem: elas lutavam fisicamente, uma fugindo e outra agarrando, impedindo a fuga. E olha que até então não costumava ter visões, nenhuma visão de nada ao fechar os olhos nos períodos. Isso reforçou minha paranóia surgida alguns dias atrás de que colocavam alucinógenos na comida.

Continue a acompanhar minha saga no Dia 09.

Nota/meta pessoal: acabar este diário antes de partir pro segundo curso, no próximo dia 30, um ano após este. Cruzem os dedinhos...

Foto:http://www.lycos.de/image.php?tab=multi&img_frame=1&query=vipassana+meditation+retreat&thumb_url=http://thm-a03.yimg.com/image/acdf7315b5fc5dc4ℑ_url=http://static.flickr.com/3124/3254855937_d8d9ab9b56.jpg&refer_url=http://www.flickr.com/photos/lleite/3254855937/&page2=3

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Coruja é pouco...

Eis uma foto atual da Memé! ...porque vocês adoram ver fotos dos fofuxinhos e porque tive que tirar umas 93849234823 fotos dela para selecionar esta (e acreditem, SÓ esta ficou boa).

Memé (a Mel) não deu a menor bola pra árvore de natal aqui em casa este ano. Já o Loluxo... (Horus), sai de baixo... Ele desenvolveu uma obsessão muito específica pelo "pisca" e fica roendo a coisa. Já estragou um carerésimo (sim, existem piscas caros) e compramos de raiva uns daqueles baratinhos que funcionaram com uma qualidade proporcional ao preço e fomos forçadas a comprar outro mais decente novamente. No momento a árvore pisca (tem pisca) e de vez em quando flagramos o Loluxinho agarrado no pisca.

Quando é que vão inventar o antídoto pro catnip (a erva de gato), que seja uma espécie de spray anti-gato? Socorro! Para algumas coisas passamos vinagre (gatos odeiam o cheiro) mas no pisca não deu muito certo. Estamos marcando em cima mas se sair algum churrasquinho de gato por aqui eu aviso.

Aqui outra travessura: deixo o bichinho deitar na minha cama e ele chafurda e cava tudo até deitar exatamente em cima do travesseiro. Deve ser poque seu pelo é escuro e a fronha branquinha. Um encanto!


Quem não tem cão...


Depois de mostrar algumas partes que me agradam do meu habitat, chega a hora de uma assombrosa revelação. A parte que sempre tento esconder nas fotos, aqui, revelada, sem censura, tcha-raaaaann===>

Tudo isso porque o madeiramadeira.com.br está com a seguinte promoção: fotografe seu piso feioso com a propaganda gratuita do site e concorra a um piso novinho.

Bem, aqui a história é a seguinte: eu a-m-o o meu piso, é todo de madeira, só que o bicho tá muito velhinho, o coitado (clique na foto para ampliar, cuidado pra não levar um susto). E no meu quarto há um agravante: vejam na foto uma fenda preta estranha. É que nesta parte a madeira LEVANTOU! Não sei se dá pra perceber muito na foto, mas ela fica altíssima a ponto de todos que chegam por aqui me perguntarem quem está morando ali embaixo. Eu sempre digo que é um vampiro mas que ele é muito pacífico, é só não mexer com ele :) Já tentamos de tudo pra abaixar o treco mas num deu jeito, tem que refazer a @#$##$%@&^%# coisa toda.

Então é isso, cruzem os dedinhos e/ou participe também, vai que o seu tá mais chechelento que o meu...

Obs.: infelizmente este não é um post patrocinado, mas quando for pode deixar que eu aviso (ou não aviso não e você será ludibriado, só vai perceber quando estiver acessando freneticamente o site do patrocinador, hihiihih...)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Dança das logos ou Quem sou eu?

Os clientes têm crise existencial e sobra pra mim. Você acha que estou exagerando? Pois pense bem, trabalho com IDENTIDADE. Corporativa, institucional ou mesmo pessoal (e não sei qual é pior, assim, tratando-se de crise existencial). Uma empresa pode ter tanta crise de identidade quanto uma pessoa. Ora, são as pessoas que administram as empresas, claro.

Tudo isso é revolta causada pela seguinte situação típica: o layout está pronto, o prazo curto (eventos, brindes precisam ser feitos, fornecedores, prazos, entregas, prazos...). Quando tudo está quase pronto pra enviar para o fornecedor o cliente me pede duas pequenas alterações: mudar um pouco as cores (até aí tou no lucro) e... tcha-raaannn: mudar sua logo!!!

Como assim? Está tudo arrumadinho, esquema de cores harmonizando com a logo, proporções, etc etc, fiquei horas pra posicionar tudo milimetricamente de forma a fluir com o chi e agora me pede pra mudar uma coisa que era redonda pra outra que é quadrada e comprida? AAARRRRRGHHHH!!!!!!

Crise existencial eu também tenho (percebam, não é a primeira vez que coloco dois títulos...), mas a de cliente é em cada hora....

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Aventuras de uma designer que trabalha com eventos I

Já que não dá pra contar as últimas dos clientes (são muito cabeludas e se descobrirem isso aqui, já viu...) vou reclamar dos fornecedores :)Não sei se já é a proximidade do fim de ano, ou se estão tentando me enlouquecer, mas os fornecedores andam particularmente tontinhos.

Pois vejam que precisei encomendar umas canetas promocionais para um evento. Sim, sempre é para um evento, e eventos, como vocês sabem, são implacáveis, inadiáveis, tornando o fator prazo um stress a mais na vida do designer.

Com o prazo já curto, resolvi cortar caminho e encomendar as canetas diretamente para o fornecedor com quem já trabalhei diversas vezes, inclusive para este mesmo cliente, sem fazer pesquisa de preços e tal. Aqui ele será denominado Fornecedor 1. Acontece que desta vez o atendimento foi especialmente lento, especialmente equivocado, especialmente buinho (tontinho...). Nada dava certo, desde a demora em me passar o custo total das canetas (tive que pedir por email diversas vezes, a moça não recebia) até o recebimento da arte a ser impressa (tive que enviar por email diversas vezes, a moça não recebia).

Com o prazo estourando e a moça enrolando, parti para uma abordagem agressiva ao telefone: ligava compulsivamente pra cobrar tudo. Acontece que quase sempre que eu ligava estavam todos em horário de almoço, esse luxo! (mal me lembro o que é isso...). Por fim, na milésima vez em que liguei e precisava de uma informação, o moço que atendeu viu que tava brabo e pediu que eu esperasse, pois a moça que me atendia estava em horário de almoço mas encontrava-se na empresa e poderia talvez-quem-sabe me responder. Sim, ela podia estar presente, mas estando em seu mágico horário de almoço não falava com as pessoas, mesmo que estivessem prestes a ir para o seu evento sem caneta alguma. Foi o fim do nosso amorrrrrr...

Devido ao total desespero, começo a enviar pedidos de orçamentos para diversos outros fornecedores - já com prazo mega-hiper-apertadíssimo e achando que a vaca tinha ido pro brejo - tudo isso amaldiçoando o Fornecedor 1 até o último chaveirinho promocional e com o cliente no meu pé. Nisso um dos pedidos de orçamento vai para o destinatário errado! Envio perguntas sobre os modelos de canetas (com as respectivas referências) de um Fornecedor 2 para o mesmo Fornecedor 1, praticamente o pior pesadelo de todo envio de orçamento que faço: confundir os fornecedores. E vocês acham que o Fornecedor 1 se tocou do meu delírio? Pois recebi uma resposta ao pedido de orçamento errado de um outro atendente da mesma empresa (Fornecedor 1). É, pelo visto eles não se comunicam... Daí me veio a luz: será que, dentro do Fornecedor 1, o Atendente 2 é mais ágil que a Atendente 1 (a moça), sendo ambos do mesmíssimo fornecedor??!?!?

Desisti de levar adiante a conversa por email para tirar esta intrigante dúvida quando percebi que o Atendente 2 me perguntou diversos detalhes que já estavam explicados no pedido de orçamento que enviei, reforçando a tese de que as pessoas se recusam a ler os emails até o final (os que eu escrevo, claro!). Além disso, também me intrigou o fato de ele não ter achado estranho as referências numéricas que mandei, eu hein!

Nota: por fim as canetas chegaram em tempo, ficaram lindas e tudo foi sucesso total! Tudo com o Fornecedor 2. Ufa!

Ser mulher é tão fácil... ou Os vestidos-mala

Como todos sabem, duas vezes ao ano eu viajo para trabalhar na organização de um evento e fico doidinha: o trabalho é muito. Pois esse ano, como nos outros, viajei praticamente fugida com os demais clientes me perseguindo e o volume de trabalho não dando trégua.

Acontece que, toda vez que viajo, começo a arrumar a mala uns três dias antes, pois assim vou jogando lá tudo o que vou lembrando ser essencial para levar, fica mais difícil esquecer alguma coisa. Parece um tanto estranho, mas este ano não consegui fazer isso e vejamos no que deu:

Terninho cereja - levei para o primeiro dia de evento: esqueci os fechos do blazer, que são guardados separados do terno. Sem eles a roupa é inusável, a não ser que eu comprasse uma fita de cetim para amarrá-lo, como me foi sugerido, o que eu até achei que ia ficar legal, mas imaginem, não tinha tempo nem pra respirar quanto mais pra achar um armarinho numa cidade distante.
Vestido 1 - para o coquetel de confraternização: esqueci de levar a meia calça que usaria com ele para que não parecesse indecente ou inadequado para o evento.
Vestido 2 - para o segundo dia de evento: esqueci o sutiã que é próprio para usar com ele, que encaixa perfeitamente em suas alças.
Vestido 3 - para o terceiro dia de evento: esqueci a meia-calça 2 que ia com este, também não foi usado.

Com que roupa circulei pelo evento nos três dias? Bem, não exatamente as roupas que planejei sendo que no terceiro dia quase tive que ir de pijamas, já que estes felizmente não esqueci.

Detalhe sórdido: esqueci os três vestidos que não usei no hotel! Final feliz pois os mesmos foram despachados para a filial do Rio, e já estão sãos e salvos aqui, embora eu estivesse quase querendo fazer uma fogueirinha com eles, nhunf!!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Yin X Yang



Ultimamente dei pra criar logos complexos, cheios de desenhos e detalhes. Daqueles que dá um trabalho do cão pra desenhar.

O problema é que os prazos continuam curtos, hostis para qualquer um que deseje passar horas e horas se distraindo com desenhos e firulas.

Nisso meu próximo projeto é uma revista de 112 páginas cheia de fotos e gráficos, ou seja, sai de baixo! O prazo é impublicável: pode ser usado contra mim!

Quando é que vou deixar essa coisa barroca de lado e voltar à boa e velha fase minimalista mesmo??!??

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Caos urbano I, II e III


As pessoas reclamam das mais variadas coisas que estão erradas no mundo, mas elas mesmas adoram uma confusão! É só colocarmos o pé pra fora de casa e estamos sujeitos a situações das mais surreais, e, às vezes, inacreditáveis...

Caos urbano I

Manhã, 8h30min: em plena Conde de Bonfim, uma espécie de avenida movimentadíssima na Tijuca, espero no ponto o ônibus para ir a um evento. Do outro lado da rua, uma mulher (na verdade uma perua que mudou de raça e deu uma de galinha espavorida) atravessa a rua fora da faixa de pedestres, em frente a um ponto de ônibus do lado oposto da rua, ao mesmo tempo em que acena para uma van genérica, que já estava de saída do ponto. A van pára no meio da rua, atravessada em diagonal, e assim ela pára todo o trânsito atrás, que fica a esperar a galinhola adentrar sua carruagem.

Caos urbano II

Tarde, 12h30min: saio para almoçar e atravesso uma rua de trânsito lento, porém intenso, que possui diversos quebra-molas. Antes de mim, a colega de trabalho havia atravessado a rua e quase sido atropelada por uma maluca que passou varada no quebra-molas. Quando termino de atravessar, sã e salva, ouço um barulho: paaffffff!!!!!!!!! Uma combi bate na traseira de um ônibus, a 50m do ponto do mesmo. O ônibus parou fora do ponto assim, subitamente, sem chances da pobre combi escapar. Felizmente ninguém se feriu e há um guarda municipal logo ao lado do acidente. Descobre-se que foi o guarda quem desceu do ônibus: o gordinho (o guarda...) havia pedido ao motorista que parasse antes de chegar ao ponto (não queria andar 50m). O gordinho sai correndo sem deixar pistas, só deixando confusão para trás. Um carro de polícia passa ao lado no exato momento em que o furdunço se forma e... passa reto! (e devagar, pois como sabem, todo motorista que vê uma confusão que está deixando o trânsito lento diminui a velocidade para dar uma boa espiada curiosa).

Caos urbano III

Tardinha, 16h30min: volto para casa num frescão, e perto de chegarmos o motorista resolve "cortar caminho". Assim, em vez de fazer um V ele estava fazendo um I, entrando numa ruazinha fora da rota original. Dessa forma deixou de passar (e talvez parar) num sinal de trânsito, o espertinho! Contudo, na hora de voltar para o caminho original, ficou preso na saída da rua-corta-caminho para a avenida. Montes de carros entravam em sua frente e a mágica ruazinha era na verdade muito estreita para que ele pudesse voltar ao caminho confortavelmente. Ficamos ali um bom tempo até que ele achasse uma brecha para voltarmos à rota original. Sim, um pequeno transtorno, mas ao menos agora todos sabemos porque o V e não o I é a rota designada para esta simpática linha de ônibus!

Ainda faltam a noite e a noitinha, e tenho que sair de casa novamente, uiiii.....

Foto:http://static.blogstorage.hi-pi.com/photos/riodejaneiro.spaceblog.com.br/images/gd/1216179270/REVITALIZACAO-DO-CENTRO-DO-RIO-GANHA-3-TORRES-DE-15-A-25-PAVIMENTOS.jpg

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Dia 07



Para companhar melhor esta série recomendo a leitura do Prólogo.

Creio que foi no discurso da noite anterior que falou-se sobre o Buda Gautama dormir pouquíssimo, tipo 1, 2 horas ou simplesmente não dormir. Todas as noites antes do último período de meditação ouvíamos a um discurso com temas variados relevantes à prática, além partes da história de vida do Sidhartha Gautama. Seria a parte teórica de tudo, mas que eles também não gostam de dar mais ênfase que o necessário, pois como bem dizem Vipassana não pode ser um jogo intelectual, o foco é na prática e na experiência de cada um, o que você conseguir aprender com a sua própria experiência serão os ensinamentos mais valiosos que terá com esta prática.

Bem, dizia o discurso que, ainda assim, quando dormia o Buda ficava consciente. Achei aquilo tão interessante, não tinha este conhecimento, e com a experiência que havia tido com a meditação até o momento achei que fazia bastante sentido. Nossa, pra quê fui me ligar nisso? Neste dia tive uma das noites "de sono" mais estranhas da minha vida! Eu não sabia se dormia ou se estava acordada, e em diversos, vários momentos da madrugada eu ficava me dizendo, assim, meio espantada, meio que para me informar para mim mesma, que eu estava dormindo mas que estava consciente, e que na verdade estava tudo ok. Bem, sabe Deus o que aconteceu com a minha mente naquela noite, mas a sensação que tive foi de que não dormi mesmo, vi a noite passar consciente, mas acordei normalmente, bem disposta e sem sono. Ah, ok, sem mais sono que o normal...

Bichos por toda a parte

Durante o curso devemos observar o Código de Disciplina e, dentro dele, seguir cinco preceitos: abster-se de matar qualquer ser; abster-se de roubar; abster-se de toda atividade sexual; abster-se de mentir; abster-se de todo tipo de intoxicantes. Acontece que a essa altura estava achando estranha e curiosa esta experiência de não matar. No começo é meio desesperador: imagine ver diversos mosquitos se aproximando e não fazer nada, dormir sabendo que tem vááários pousados na parede ao lado da sua cama só esperando o banquete cair no sono pra atacar (e sim, sou alérgica a picadas de mosquitos...). Mas por outro lado fiquei pensando no monte de insetos que eu já matei na minha vida inutilmente. É que "não podendo" matar nada você vê que muitos insetos chegam próximo a você mas logo em seguida vão embora, é só esperar um pouquinho ou se esquivar em vez de entrar em pânico e esmigalhar os bichinhos.

Outra coisa muito interessante sobre isso foi enfrentar o medo de certos bichos. Sempre tive verdadeiro horror a sapos - outro dia conto o trauma de infância... - mas depois de ter que pegar e soltar uma perereca (com o kit salve-insetos fornecido pela organização: um pote e uma bandejinha) percebi que os sapos pulam pra frente (vejam, depois de 10 dias sem falar num espaço físico restrito, alguns fatos aparentemente muito óbvios começam a soar como grandes revelações a respeito da verdade do mundo e das coisas). Ora, se pulam pra frente era só soltar a perereca com o seu focinho voltado para onde eu quisesse que ela pulasse (pra longe de mim, claro...). Batata! Fora isso a experiência me deu direções de como me movimentar perto de um sapo: simplesmente passar por trás dele. Isto foi comprovado e já experimentado em viagens posteriores.

Fuga??!?

Fora os momentos mágicos de revelações e contatos com grandes verdades universais, vez por outra eu me via com uma baita vontade de fugir. Assim, do nada, batia a maior vontade de largar tudo, pensava que estava numa furada, no meio de um bando de loucos, não precisava passar por nada daquilo, minha cama em casa era tão quentinha e macia, vai... Nessas horas era preciso disposição, força de vontade e uma certa dose de coragem para seguir em frente: não sabia aonde aquilo pretendia chegar, aonde eu ia parar, e, principalmente, SE eu ia chegar lá. Reunia então todas as forças e o tico de autoconfiança que ainda me restava e decidia continuar.

Era assim como em muitas situações na vida, quando nos deparamos com algo difícil e que requer esforço de nossa parte, por mais que estejamos imersos em algum tipo de caos mental achando que não há saída, na verdade quase sempre é muito fácil fugir, deixar para lá, abandonar e arrumar outra coisa mais interessante para fazer (e ali no retiro era só ligar pro taxista que me levou pro centro de meditação e que nos aconselhou a anotar seu telefone em caso de alguma emergência, ao mesmo tempo em que relatava diversos casos de desistência). Mas algumas dessas situações temos simplesmente que enfrentar e, o que é pior, às vezes sabemos que temos que enfrentar e exatamente o que fazer e a perspectiva de realizar este esforço não é nada animadora. No final, esses diversos ciclos vontade de fugir - parar - pensar - encarar o tranco - ficar me ajudaram a encarar, após o retiro, diversas dificuldades como parte de uma coisa maior, sorrindo (às vezes literalmente), quase aproveitando aquilo como parte importante do fácil-difícil-fácil-difícil... A algumas, a outras dificuldades ainda não... ;)

Estranhíssimo...

Imagine que por volta deste dia eu já estava sensível a diversas sutilezas, tanto na meditação (às sensações...) quanto no dia-a-dia, que me passavam despercebidas. Percebi, por exemplo, que eu penteava meu cabelo com muita força, sem necessidade. Passei a fazê-lo com mais delicadeza e o que antes, para mim, sem perceber, era um momento com uma certa tortura passava a ser um momento agradável.

Na meditação isso se refletia na percepção de muitas coisas. A respiração, por exemplo, às vezes era tão fina e tão pouca que parecia que eu nem estava respirando (o que às vezes me dava um certo medo). E outra experiência que tive me deixou super intrigada: eu tive uma sensação no peito do lado esquerdo, mas assim, não na superfície, mas por dentro, de uma "coisa" do tamanho de umas duas esponjas encharcadas de um líquido quente e consistentes que se movimentavam de forma ritimada juntamente com um leve som e pulsação no corpo inteiro. Enfm me toquei que era uma sensação de coração, mas assim, não o coração que estamos acostumados a perceber colocando o ouvido no peito de alguém e ouvindo tum-tum... Era um músculo, com movimentação - e som! - de uma espécie de esponja. Imagine tudo junto: forma, som, consistência, quente, movimento. Comecei a analisar aquilo então com esta perspectiva e a sensação se perdeu quase que imediatamente.

Fiquei super-hiper-bolada e na hora do almoço corri pra a entrevista com a professora pra perguntar se seria possível que fosse, de fato, o meu coraçãozinho, assim, numa mistura de medo e emoção. É que até aquele momento as instruções que recebíamos antes de meditar só falavam em sensações na superfície do corpo, imagine ver e sentir por dentro. A professora então ouviu atentamente ao meu relato e disse, impassível: "Sim, é possível que você sinta muitas sensações de todo o tipo, diferentes sensações, mas não dê importância a elas, o que importa é a sua equanimidade."

Claro, fazia muito sentido! Você percebe, assim, por auto observação, uma coisa que geralmente necessita de equipamentos de últimageração da medicina para ser mostrada e não deve dar a mínima, putz... Mas sim, sim: a prática é justamente consciência e equanimidade, as duas devem andar juntas ("como duas pontas da asa de uma águia, duas rodas de uma carroça..."). Uma mais que a outra, não há equilíbrio.

As sensações existem, e passam, não há porque ter aversão, não há porque ter apego. Compreendido isto no nível intelectual, o conselho da professora não surtiu grande efeito imediato, e eu só pensava/buscava as tais sensações inimagináveis, maravilhosas, mais e mais novas descobertas. Obviamente isso só me distanciava mais delas e da minha atitude relax que tanto havia me ajudado. De volta à confusão e conflitos mentais: uma parte busca as sensações a outra parte tenta convencer a primeira a deixar disso. E neste exato momento começava a rever o conceito de que "adoro minha própria companhia"...

Continue a acompanhar minha saga no Dia 08.

Foto bichos: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Insect_antennae_comparison.jpg
Outras fotos: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG80874-8055-503-1,00.html

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nevou no meu caçador de sonhos!


Historinha curiosa... Vejam na imagem o caçador de sonhos pendurado ao lado da cama. Ele é feito de materiais naturais, sementes e variadas penas de pásaros. Pois o namorado ganhou um idêntico de presente, com uma ressalva: havia sido deixado em saco plástico por muito tempo antes de ser dado, e quando abriu estava todo... mofado!!! Iiiiiuuuuu...

Bem, fiquei com uma pena danada de jogar aquilo no lixo, era um trabalho artesanal, fiquei pensando em quem havia feito aquilo, na poluição ambiantal, enfim... Viagem aqui e ali resolvi dar uma chance à coisinha que então estava chechelenta e malcheirosa, e lavei o treco todo. Esfreguei bem, bem e bem com escova e sabão e deixei secando por uma eternidade. Mas agora havia um pequeno problema: muitas das penas haviam se degradado com o mofo, sobrando nadinha.

A solução era adquirir novas penas pra repor. Pensei então: por que não colocar penas branquinhas? (mania de branquinho...). E por fim, por que não pintá-lo todo de branquinho também? (a tinta spray está resolvendo diversos problemas na minha vida, relatos em outro post). Feito isto então, a tinta não aderiu por completo na madeira, mas vejam o resultado, que fofo! Acabei por fim trocando de caçador de sonhos com ele, e agora tenho um caçador de sonhos siberiano :)

Obs1: fotos tiradas de câmera fraquinha de celular, usem a imaginação e torçam para que eu adquira logo a câmera profissa.
Obs2: mais sobre caçador de sonhos na Casa Claridade.

Dia 06

Para acompanhar melhor esta série recomendo a leitura do Prólogo.

Com o assunto posição de meditação praticamente encerrado eu podia me "concentrar" em coisas mais relevantes, como..... a própria técnica e prática Vipassana! Com o corpo e mente mais tranquilos eu podia desenvolver melhor as instruções e passos da técnica e perceber sensações mais sutis. Uma coisa era certa: precisava praticar, praticar...

Sensações por toda a parte

Ao observar tudo, começava a perceber sensações inimagináveis, algumas indescritíveis. Como se eu estivesse num labirinto e a cada curva pudesse abrir um baú cheio de surpressas, louco mesmo. Acho que, em parte, por isso tive a certa experiência de infinito que comentei num post anterior: quanto mais explolrava mais podia perceber e sentir uma coisa muito profunda, como se não tivesse fim, e fosse mergulhando naquilo, ondas no mar, uma atrás da outra.

Daí pensei algo que naquele momento achei genial: bem, sendo assim, com tantas coisas maravilhosas a descobrir somente no limite de meu próprio corpo, imagine o quanto não há para ser (re)visto e sentido no mundo. Nunca mais iria reclamar que não "há nada para fazer". Há todo um mundo novo a ser descoberto, basta saber observar, uau! Bem, até aí em algum momento também tinha concluído que nunca mais iria me coçar ou espirrar e nem por isso deixer de voltar a fazer os dois...

Estava indo tão bem...

Como se já não tivesse pensamentos pipocando o suficiente, com a chuva e a impossibilidade das pequenas caminhadas no jardim comecei a achar que granola e arroz integral poderiam ser muito carboidrato para esta criaturinha que passava agora 10 horas por dia sentada. Sim, fazendo jus ao título de Empresária neuróticA fiquei preocupada em engordar (em meio a um retiro de meditação), e no almoço resolvi comer um saladão e soja, só. Péssima idéia, não estava nem perto da hora do lanche e minha barriga parecia ter um buraco, assim, um Grand Canyon. Chegada a hora do lanche eu fiquei mais desesperada que aliviada ao comer pois as duas frutas e o leite não deram nem para tapar o buraquinho do dente.

Idéia de jirico! Até então eu não tinha sentido fome. Mal sabia que era justamente porque estava bem, a quantidade de comida era o suficiente e de alguma forma eu estava em equilíbrio neste aspecto. Lembrei do atendimento (sim, ele mesmo, o bicho sumido deste site) que insistiu para que eu levasse comida escondida, se soubesse do apuro em que me meti naquele dia ia rolar de rir, a malvadinha... Tudo o que eu queria era ter levado a tal comida emergencial.

Bicho-grilo

Em meio ao caos (mental, porque se perceberem a rotina não mudava muito...), quando a chuva dava trégua eu danava a "caminhar". Como a trégua era pouca ou nenhuma às vezes caminhava na chuva fina mesmo. E foi numa das minhas "caminhadas" que tive a certeza íntima de que havia desenvolvido um novo koan. Eu passava ao lado de um matagal com umas florzinhas roxas e todo dia, no mesmo horário e mesmo local ouvia um grilo cantar. E então comecei a viajar na maionese pensar: "é o grilo que faz barulho ou a folha?" Durante alguns dias fiquei pensando nessa frase, achava genial e geralmente chegava à conclusão de que era a folha mesmo.

Continue a acompanhar minha saga no Dia 07.

Foto buda: http://www.treklens.com/gallery/South_America/Brazil/Southeast/photo293724.htm
Foto flor: http://www.casadacultura.org/br/tem_nac/plant_br/arb_trep_erv/az/flord_mato/Flor_do_Mato-RJ_grd.jpg

Renovando as energias...


A designer prendada anda aprontando horrores. Um dos pequenos projeto de decoração recentes foi repaginar o banco da prancheta que tenho aqui e uma cadeira que angariei para ficar de apoio no quarto. A condição do forro antigo da cadeira você pode conferir aí ao lado. Uma chechelentisse só. Pois eu tinha por aqui um tecido próprio para forro de sofá e cadeiras nos exatos tons da decoração do quarto, verde e laranja. O pano rolava há meses em cima da prancheta ou da cadeira e resolvi por a mão na massa.

Nessa onda aproveitei e costurei à mão mesmo (graaaaaande preguiça de armar a máquina de costura...) um novo forro pro banco da prancheta, o antigo não estava velho mas não combinava em nada com o quarto, me incomodava bastante... Voilà o resultado! Quanta alegria! E o melhor de tudo: $0,00!

Não registrei o passo-a-passo da cadeira (já precisei unir muitas forças pra trocar o forro, imaginem registrar todo o processo), desculpem-me os bricoleiros de plantão. Mas este faça-você-mesmo é relativamente simples, só requer um pouco de paiciência, dedicação, disposição, habilidade manual mínima... :) A parte de baixo desta cadeira é presa por quatro parafusos, foi só desaparafusar e retirar o assento para então trocar o forro retirando as tachinhas que o prendiam e pregando o novo. A cadeira eu catei há anos e anos atrás no lixo do prédio (o mesmo que me presenteou com este móvel fofo aqui), a madeira estava em perfeito estado e na época troquei a espuma e o forro por aquele azul carcomido da foto lá de cima. Não sei como alguém joga uma cadeira assim no lixo, afe! O design dela é bem básico, assim, bonito e clássico, combina com tudo, e o forro/espuma é facinho de trocar. Vai entender...

Converse com seu gato

Prepare-se para um post lunático, pois aqui recomendo, sim: converse com seu gato! Calma, não estou aqui para defender o velho "os bichos entendem...". Não acredito que os animais de fato entendam palavra por palavra do que estamos falando, oras. Mas digo, por experiência, que é possível estabelecer uma comunicação razoável com os bichanos (tem gente que até treina gatos, mas haja paciência, já tentei e é o cão!). Então, voltando à realidade de pessoas ocupadas sem muito tempo para se dedicar a uma complexa comunicação com seus companheiros felinos, o que vejo é que eles se "acostumam" com sua voz e tom de voz, e reagem a isso.

"Ok, posso falar com os bichanos, mas já que eles não me entendem, o QUE falar?" Bem, aí entra a parte lunática. Fale o que der na telha, mas fale. Saca Shirley Valentine? A doidinha falava com as paredes, bem, então você tá mais que no lucro, ao menos fala com um ser vivo! Então, não se acanhe, querida leitora, solte o verbo!

Jura?!?!?!?

Horus era um gato anti-social. Apesar de ser o filhote da casa (e portanto muito cute-cute e solcitado) ele vivia fugindo e não dava a menor bola pra ninguém. Pois sua mamãe, a Mel, sempre vinha me "cumprimentar" toda afável e às vezes soltava um miado, ao que eu respondia com um afago e um "Bom dia", ou "Oieeee...". Nisso a Memé (Mel) respondia de volta, se esfregava mais ainda e eu respondia novamente. Às vezes conversávamos por horas, quase sempre terminando com ela se jogando no chão e colocando sua (enorme) barriga para cima.

Pois bem, Loluxo (Horus) sempre assistiu à cena com a maior cara de tacho, e como sempre fica com inveja de tudo o que a Mel faz, começou a se meter na conversa. Eu dei a maior corda, comecei a conversar com ele também e hoje posso dizer: o bichinho me a-m-a! Quando chego perto ele dá logo um pinote e vem falar comigo, miando e tagarelando. A coisa evoluiu tanto que ele quando quer falar comigo chega discretamente e me toca com a patinha, assim, na maior educação.

Resultados

Atualmente tanto Mel quanto Horus atendem a uma série de chamados, seja para sair de algum lugar, para entrar em algum lugar, para deitar/sentar em algum lugar. Isso quando não estão de mau humor, claro, mas é raro não ouvirem e também não queremos que deixem de agir como gatos de vez em quando :)

Como???????

Básico: use um tom de voz feliz e agudo sempre que o bichinho fizer o que você pede (diga parabéééééns, muito beeeeemmm...) e faça muito carinho e chamego no bichinho. Quando ele fizer alguma malvadeza ou travessura repreenda-o com tom de voz grave (diga ai,ai,ai, feeeiiiooooo, biiichu malvaaaaaduuuuu...) e JAMAIS o afague ou dê abracinhos nessa hora. O bichinho vai associar geral, demora um pouco mas é moleza, acredite.

Efeitos colaterais

Além de acharem que você é doidinho de pedra, pode haver ocorrência de palavras e nomes novos (e bastante estranhos...). Por aqui, de tanta tagarelice nosso querido Horus agora tem uns 93828402 nomes, segundo a evolução: Horus, Horuxinho, Loluxinho, Loluxo, Luxo, Luxinho, Xuxuco, Xuco, Xuquinho, Xuxuquinho e o mais recente, Quinho (??!?!!?!?!).

A revolta dos batons

Aproveitando a chuva e a fuga do trabalho, hoje resolvi quebrar tudo terminar um monte de coisas que deixei pela metade, o que inclui diversos posts deste blog. Deixar coisas pela metade é um comportamento recorrente desta designer, que luta contra isso mas nem sempre com sucesso. Só para ilustrar, tomemos como exemplo um clássico para as mulheres: cosméticos pela metade. Eles se proliferam e quando nos damos conta já perdemos o controle da situação. No momento tenho pela metade*:

- 3 bases, 2 corretivos, 3 pós faciais e 2 blushs
- 4 hidratantes e 3 filtros solares
- 4 máscaras para olhos
(nota: raramente uso máscara nos olhos...)
- 7 glosssssss e 4 batons
- 3 shampoos e 4 condicionadores de cabelos
- 4 produtos finalizadores para cabelos

* achei melhor não contabilizar as sombras para olhos o resultado certamente seria assustador...

Ufa! Sonho com o dia em que poderei viver com um de cada, quem sabe, simplificar, simplificar... Essas coisas pela metade empacam geral (estou evitando falar do chi...), e nem sempre podemos nos livrar delas tão facilmente quanto jogar batons vencidos no lixo. Aguardem então até o final do dia o acerto de contas e publicação de diversos posts.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mais ratas bebúnicas

Conversa animada de bar com amigo rendeu mais uma rata que entra para os anais deste blog:

A: Tenho um amigo que também é designer. Outro dia estava lá ele reclamando não-sei-o-quê sobre a tabela Pantene...
EN: Pantone?
A: Pantene, pantone, panetone...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Há esperanças

... e estava me xingando por ter me metido em mais uma furada, ser síndica aqui do prédio, pois já acusava o Empretec: às vezes tomo mais responsabilidades do que deveria ou poderia. Eu reavaliava se não haveria outra alternativa, apesar de que tudo conpirava para que eu assumisse isso, quando fui surpreendida: flores na porta de casa! Todos na casa ficaram desconfiadíssimos pois não havia cartão nem nada, somente as flores que cairam aqui para dentro de casa quando minha irmã abriu a porta.

Terorias pra lá, teorias pra cá (umas boazinhas, tipo admirador secreto, e outras nem tanto, melhor nem comentar)... todos olhavam desconfiados para as flores, que a essa altura já estavam num vaso com água. Eu só dizia: deixem as flores em paz... Olhava para elas pensava: natureza!

Pois no dia seguinte o mistério foi resolvido: um vizinho as tinha deixado em sinal de agradecimento por eu ter ajudado num problema a respeito de uma entrega grande que tinha chegado para seu apartamento.

Sei que sempre nos dão motivos para crermos que não, mas existem pessoas gentis no mundo, de vez em quando dêem crédito, acreditem :) As coisinhas enfeitaram meu quarto por um bom tempo...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dia 05

Para acompanhar melhor esta série recomendo a leitura do Prólogo.

Depois de vários baques no dia anterior, levantar num pulo da cama já não foi tão fácil. Ao mesmo tempo começava a pensar e interiorizar algumas palavras do Goenka, especialmente o emblemático "Start again, start again with a calm and quiet mind.....". Também ficava mais difícil caminhar em direção à sala de meditação sabendo da confusão (mental) que me aguardava.

Ainda sobre a posição...

Eu sentava sempre com as pernas cruzadas à frente, e sentia todo tipo de incômodo, principalmente cãibras. Na verdade tinha vontade de sentar tipo em seiza (com almofada, por favor...) mas ficava preocupada em forçar meu joelho, enfim, estava com medo de me machucar mesmo. E ainda procurava não me mexer nos períodos de adhitthana, então ficava preocupada em ter que mudar de posição no meio da meditação, o que "anularia" todo o esforço para não me mexer desde o começo do período de 1 hora, e também pensava em como atrapalharia os colegas com o barulho da movimentação (apesar de algumas pessoas parecerem que não se importavam em fazer isso...).

Como a coisa de me mexer estava me "atrapalhando" bastante resolvi fazer experimentos de posições. Utilizei um horário em que era opcional ficar na sala e fui para o quarto, e neste dia nenhuma colega de quarto estava lá. Eu estava sozinha para fazer barulho e me movimentar o quanto fosse necessário. Enfim sentei em seiza e senti que era a posição em que ficava mais confortável. Não que deixasse de sentir alguma dor ou incômodo de vez em quando, mas sentia que estava fluindo, senti uma grande diferença, a posição facilitava o exercício (mental…). Quando acabou o período e fui me levantar, parecia que tinha perdido as pernas. Era muuuuita dor, nossa. Tinha certeza de que nunca mais iria dar um mae geri na vida pois havia destruído meus joelhos. Saí andando que nem um papel amassado, mas aos poucos sentia recuperar a normalidade. Achei que ia ficar com alguma dor, alguma sequela, mas em algum tempo os joelhos ficaram 100%. Então era isso, anicca, a impermanência nua e crua.

Adotei então a nova posição e procurava não me mexer em todos os períodos, mesmo não sendo addithana. E sentia que isto me fortalecia a cada pedíodo que eu terminava tendo mantido a posição. Quando você assume um compromisso com você mesmo e cumpre, isto aumenta a sua força interior, este desenvolvimento da força interior era uma das minhas grandes expectativas com o curso.

Com a pulga atrás da orelha

Mas uma coisa ainda me incomodava. Sempre que eu terminava o período de uma hora de meditação e levantava, as pernas estavam extermamente doloridas e eu fazia a maior cara feia, levantava toda troncha, ia andando devagarinho e algumas vezes quase caía de volta. Bem, isto não devia estar certo. Qual é a dignidade de uma criatura que fica uma hora imóvel, toda pomposa, e depois levanta que nem um trapo humano? Foi então que eu percebi que estava perdendo parte importante da meditação levantando daquele jeito e decidi levantar sem choro, ai, ui, reclamação ou arzinho de amoada. Pensei: vou levantar normalmente, andar normalmente. E foi o que fiz. A dor continuava lá, mas com a consciência de que ela passaria eu agora levantava e andava sorrindo (algmas vezes literalmente). Ê doidera...

Sei que me alonguei no assunto da posição, mas que fique claro: não é que ficar imóvel seja o objetivo da meditação, isto é apenas um aspecto da prática, uma mente firme tem que ter um corpo firme para poder trabalhar melhor o verdadeiro exercício que é mental. Procurava não me mexer pois mantendo a posição via o resultado logo em seguida, acho que não dá pra explicar, só praticando mesmo. Além disso não se deixar incomodar por uma dorzinha, coceira, pontadinhas ou o que for é parte do aprendizado, não num nível superficial ou de exibicionismo, mas num nível profundo, certamente compreendido melhor com a prática.

A tônica do dia

De qualquer forma comecei aos poucos a desencanar das história de me mexer em quaisquer circunstâncias durante a meditação quando comecei a estender a minha tranquilidade em relação à inquietude da mente à própria inquietude do corpo também. Praticamente começava a deixar rolar...Pra completar, observava que ao passar dos dias o povo ia pegando mais e mais almofadas até que a sala de meditação virasse um monte de ninhos um do lado do outro, tinha uns tão bizarros que parecia que a pessoa tinha que escalar pra entrar. É bom ter uma pespectiva além de nosso próprio umbigo de vez em quando.

Continue a acompanhar minha saga no Dia 06.

Foto mae geri: http://www.cao.pt/shotokai/images/mae_geri.jpg
Foto seiza: http://www.shadeofthebotree.com/Posture7_SeizaZafu-200.jpg
Foto sala de meditação: http://1.bp.blogspot.com/_GQmIqUpFHDQ/SbMDBSny6tI/AAAAAAAACNA/I-N05-sjtx0/s400/santi.jpg

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Dia 04

Para acompanhar melhor esta série recomendo a leitura do Prólogo.

Minha tática de acordar sem pensar, dando um pulo da cama, estava dando certo por enquanto. Eu levantava com o gongo às 4h e pegava a lanterninha pra catar minha necessaire e as roupas até que todas as colegas estivessem de pé e a luz acesa. Eu me aprontava mais lentamente, tinha que me adiantar, achava agradável fazer uma coisa de cada vez. Mal sabia que começava meu dia de cão, e que não seria tão "fácil" assim levantar nos próximos dias.

Vipassana?

Chegava o dia de recebermos as instruções para iniciar a prática de Vipassana. Sim, pois durante os três dias anteriores praticávamos Anapana, que é simples observação da respiração, focando a atenção em uma determinada área em volta do nariz, depois pratica-se reduzindo esta área até o momento de se observar um pequeno ponto (acima do lábio superior). Estes dias são importantes para aquietar (ao menos um pouco) a mente, aguçando os sentidos. O fato de o ponto de observação ser pequeno ajuda a "afiar" a mente.

Em Vipassana vamos adiante e começamos a observar as sensações no corpo inteiro, de forma ordenada, não nos prendendo a nenhuma sensação, "escaneando" mesmo cada parte do corpo. É neste momento que aprofundamos os conceitos de impermanência e a equanimidade: não devemos ter aversão às sensações ruins, ao mesmo tempo que não devemos ter apego às sensações boas. As sensações podem ser diversas: formigamento, pressão, frio, calor, coceira, dor... e quanto menos definirmos o que é cada sensação melhor.

Achei legal trabalhar com as sensações do corpo pois de alguma forma eu já fazia isso. Não da forma "organizada" que a técnica propõe, mas justamente da forma que ela diz para você não fazer :) Explico: sou observadora, observo tudo, sou capaz de ficar horas olhando pra uma textura e fazendo combinações entre as partes pra formar desenhos, me chamem de autista. Como sempre gostei de observar todo tipo de coisa também costumava observar as sensações no corpo aleatoriamente. Uma pulsação estranha, um formigamento, na verdade todo tipo de sensação estranha, observava curiosa e incansavelmente até que desaparecesse. Mal sabia eu que havia um jeito "profissa" de fazer isso. Ai, ai, se eu soubesse antes...

Há algo de estranho...

E de repente, antes do início de um período de meditação me mudaram de lugar na sala aonde meditávamos todos, fui colocada uma fileira para trás. Remanejaram mais algumas pessoas também. Em uma breve retrospectivas e observação comecei a associar este deslocamento ao meu comportamento (bicho inquieto) e pensava: será que me chutaram pra trás porque me mexo muito? Nhunf! Tentei desencanar do assunto mas de vez em quando ele voltava: como se não tivesse mais milhões de pensamentos rodopiando pra me distrair da técnica eu ainda arrumava tempo pra ficar magoada, credo!

Fora esses zilhões de pensamentos passando na minha mente que eu tinha que driblar pra focar na prática, eu estava me saindo razoavelmente bem com a rotina e as 10 horas de meditação. Os pensamentos deixaram de me incomodar quando compreendi e segui a orientação-mor do Goenka, o famoso "start again". Em resumo, diz que os pensamentos irão surgir, inevitavelmente, e você não deve gerar frustração ou qualquer tipo de emoção negativa por estar querendo se concentrar na técnica e de repente começar a pensar num imenso sundae de chocolate. Aceite o fato de que a sua mente se distraiu, sorria e... comece de novo! Assim, do começo mesmo, sem problemas. E eu fazia isso. Pelas poucas palavras que a professora trocava com os outros participantes eu percebia que isso era um problema para algumas pessoas, mas eu estava tranquila (a maior parte do tempo...). Para um karateca a tarefa de praticar, recomeçar e repetir é no mínimo familiar.

Mas e...

Quanto àquela outra questãozinha de me mexer muito durante a meditação, bem, a partir do dia seguinte a coisa mudaria de figura completamente, impulsionada por um acontecimento que para mim foi marcante: um fracasso total. Neste dia fomos convidados a meditar determinados períodos em adhitthana, que significa firme determinação e é uma das 10 paramis (qualidades a serem desenvolvidas por um meditador). Assumiríamos nestas horas uma firme determinação de não nos mexermos ou mudarmos de posição durante o período inteiro de meditação. Imagine o que era um desafio desses pra leonina aqui :) Acontece que no primeiro período de adhitthana, que foi justamente a primeira vez que fomos apresentados à técnica Vipassana, fiquei o tempo todo sem mudar de posição, num sofrimento danado pois até então eu me mexia muito. Acontece que, depois de passado muito tempo, já com uma dor insuportável, muito formigamento, xingando a tudo e todos, achando que eu havia sido enganada e aquele período tinha na verdade umas 4 horas de duração, finalmente descruzei as pernas. Pois logo em seguida ouvi a voz do Goenka com um cântico, o que significava que faltavam apenas 5 minutos para o fim do período. Primeiro me veio a sensação de fracassar naquela situação específica. me pediram pra não me mexer por um determinado tempo e não consegui? O que era aquele pequeno tempo comparado a uma vida inteira?

Depois, no restante do dia e nos dias seguintes fiquei pensando como aquele acontecimento representava uma situação recorrente na minha vida: eu começo uma coisa, faço um esforço danado, persistência, perseverança e quando chega no final, eu sei que falta pouco ou está quase concluído eu faço uma besteira que condena o projeto como um todo. Como se eu pintasse uma tela impressionista cheia de pequenos detalhes e no final da obra faltasse um pedaço em branco, e em vez de continuar os pontinhos eu resolvesse desenhar uma grande mancha. Na hora eu me convenço de que não vai fazer tanta diferença, que até vai ficar bom e terminarei mais rápido, mas no fundo sei que vai ficar uma m... Eu sei que não vai ficar bom coisa nenhuma, que não é aquele o propósito, que vai estragar o quadro mas eu faço assim mesmo. Provavelmente mais uma situação arquetípica...

Continue a acompanhar minha saga no Dia 05.

Foto: http://farm4.static.flickr.com/3118/3255681848_cd788c620c_o.jpg

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Gatos ingratos e seus brinquedos maravilhosos

Quem convive com eles sabe: gatos irão ignorar todo e qualquer brinquedo fofo e carerésimo que você adquirir com todo amor e carinho para eles e irão brincar - e muito - com a primeira chechelentisse que aparecer na sua frente.

Fios de equipamentos eletrônicos, franjas de almofadas e roupas, um tufo de poeira, o seu cabelo comprido: tudo é mais interessante do que aquela bolinha colorida enrolada em corda, com sinos cheia de penas flufantes que parecia tão interessante na vitrine da pet shop da esquina.

Lazer para o gato e para você

Pois aqui vão duas dicas preciosas pré-testadas de brinquedos para que você não perca seu tempo e dinheiro. Ao contrário do que muitos pregam, gatos adoram interagir com seus amiguinhos humanos (ok, exceto alguns gatos preguiçosos do youtube...) e preferem os brinquedos em que os dois participam.

1 - bolinhas de papel. Um clássico. Alguns felizardos já descobriram que gato que se preze a-d-o-r-a uma bolinha de papel. Não se sabe se é o barulho que ela faz ou o jeito como rola, as bolinhas cativam, e sofrem na mão dos felinos. Vá para o corredor ou espaço comprido e jogue-a longe, o gato corre atrás e fica marfanhando a bolinha. Vá até lá e repita a operação para a outra extremidade. Cuidado, você pode ficar horas a fazer isso... O Horus desenvolveu uma habilidade enorme com a bolinha e atualmente ele joga vôlei: jogamos por cima dele em círculo apra o alto, ele dá um salto com as duas patinhas e faz o "levantamento". Em breve, na seleção brasileira de vôlei. Monitore a brincadeira com a bolinha e recolha ao final: não deixe o gato sozinho com o papel ou ele pode comer tudo.

2 - elástico comprido. Interação total! Gatos amam barbantes ou linhas compridos e que se mexem. Pegue numa ponta e fique atiçando o bichinho, ele fica boladão. Aqui experimentamos com um elástico cerca de 3mm e tivemos o mesmo efeito e com uma vantagem: o elástico esticado (o gato morde de um lado e você está puxando do outro) nos parece mais seguro que linhas ou barbantes, que podem arrastar e cortar o peludinho. Você pode amarrar um ratinho na ponta, também é divertido, mas obviamente sem o apetrecho eles também se divertem muito. Você também pode correr de um lado para o outro com a corda, hilário! Da mesma forma não deixe o bichinho sozinho com a corda, segurança total!

Plantão da dieta

Desde que iniciei a nova dieta feita pela nutricionista tive altos e baixos (afinal, foi há 4 meses atrás...).

Pois agora fizemos uma revisão no cardápio e voltei com força total, mantendo a linha nos finais de semana (como todos sabem, os grandes vilões da regularidade das dietas) e sem beber, em princípio por um período de um mês. Isso mesmo, sem beber, também complicado, especialmente conciliar com os eventos sociais e resistir a um estoque de Prosecco, Vinhos, Jack, Drambuie, Grey Goose e receitas de drinks brotando na cabeça, quem conhece a peça que o diga...

De volta à realidade

Acontece que comer salada todo dia pode ser um tiro no pé se você não tem o mínimo de variedade: corre o risco de enjoar das saladas, que são parte importante de uma dieta saudável.

Quando você tem que preparar a própria comida e não tem muito tempo para isto o desafio é maior ainda, assim compartilho mais uma salada rápida que entrou para o meu acervo (sim, tenho uma lista...). Em meio ao desespero e procurando novos sabores "inventei" um novo vinagrete (como alternativa ao meu clássico azeite, sal, pimenta-do-reino, vinagre de vinho tinto e orégano). Aqui a foto e a receita com as devidas substituições de ingredientes:

Receita - Vinagrete para salada de pepino, alface e cenoura

- 1 colher de sopa de óleo de gergelim ou azeite extra virgem
- sal a gosto (recomendo o mínimo possível)
- 1 colher de chá de mostarda Dijon ou amarela
- 1 colher de chá de semente de coentro moída ou coentro em pó
- 2 colheres de chá de vinagre de maçã
- 10 gotas de molho de pimenta jalapeños (5 se você for sensível a pimentas :))

Misturar tudo, preferencialmente com um batedor pequeno. Faz tempo comprei um kit no Hortifruti com 3, tudi bom! Rendimento: uma porção

Obs.: Geralmente coloco um tico de açúcar em vinagretes para cortar a acidez dos vinagres, mas como estamos em dieta rigorosa a nutricionista vetou :/

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Parêntesis

Primeiro, uma confissão: estou escrevendo este diário da minha experiência no curso de Vipassana aos poucos, desde que voltei do retiro, porém em grande parte nas últimas semanas. Mas vejam que o curso foi há oito meses atrás e eu não registrei nada durante o retiro (até porque não é recomendável ler ou escrever durante o período). Desta forma a ordem e dia exatos dos acontecimentos talvez não possa ser nunca resgatada.

Assim posso dizer que está ficando relativamente fiel: conforme vou escrevendo vou remanejando as partes pois percebo mais claramente a ordem real dos acontecimentos, então e tudo só MEIO fake, ok? O que posso garantir é que as experiências e situações relatadas são verdadeiras, embora para alguns possam parecer não muito originais :)

Outra coisa, tem gente que me disse que está confuso. Assim estou começando a linkar os posts em sequência (trabalho danado...), ser mais explicativa no texto (mais chata do que já sou), e a recomendar a leitura do Prólogo antes de encarar um post sobre determinado dia (pra quem caiu de pára-quedas). Bem, mais que isso não dá, seja paciente e chegue no dia 10 que em algum momento a coisa toda vai fazer sentido.

Metódica, eu???

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Dia 03

Para acompanhar melhor esta série recomendo a leitura do Prólogo.

Mais chuva

Com o tempo ruim, o povo (participantes) começava a ficar resfriado, por fim até a professora ficou resfriada. De minha parte fiquei com um certo pânico de ficar também, pois se a vida já era difícil através de um nariz que respirava direito, imaginem através de um nariz entupido e fungão. Além disso, a partir daqui comecei a andar sempre com cachecol embrulhando/lacrando a garganta, mesmo quando esquentava um pouco (o que era raro). É que se eu der mole pra minha garganta corro o risco de ter amigdalite. Já tive algumas vezes, fico passada, imprestável, um farrapo humano, seria o fim se eu tivesse naquele momento.

Não é permitido fazer qualquer tipo de atividade física no centro, e nisso eu tinha cada vez mais vontade de fazer uma caminhada, dar uma corridinha, tai chi, karate, ginástica, uma dancinha, qualquer coisa. Nos primeiros dias eu aproveitava os intervalos pra ficar zanzando no jardim, um ensaio de caminhada pois o espaço não era grande e a geografia era bem esquisita, cheia de caminhos e escadinhas. Reparei que havia uma subida íngreme meio por trás do caminho principal que dava numa escada que descia pro refeitório, e dali podia-se dar meia volta descendo outra escadinha e retornar ao início da tal subida íngreme. Por vezes eu ficava rodando este caminho circular pois era a única brecha de algum esforço físico disfarçado que dava para fazer. Com a chuva lá se foi minha academia privada. Dediquei-me então a varrer mais, e além do quarto, agora eu varria um pedaço da varanda também, às vezes os tapetes da entrada do banheiro quando alguém já não tinha varrido (de acordo com as instruções dos organizadores na chegada, não é esperado que se faça grande faxina no período do retiro, mas você pode ajudar em alguma pequena tarefa ou outra...).

A meditação? Ah sim... voltando...

Eu seguia a prática, claro. E neste dia tive uma espécie de insight que foi devidamente vetado quando, no meio do dia, resolvi comentá-lo com a professora na entrevista particular. No horário de almoço havia espaço para perguntas individuais para a professora, à noite as perguntas eram feitas com todos presentes na sala (eu nunca ficava nestas horas, ia dormir direto). Bem, minha experiência anterior com meditação era praticar durante pouco tempo e, ainda por cima, haviam sido poucas vezes. Com a prática no centro eu me perguntava se seria o propósito continuarmos a observar a respiração o tempo todo, fora da sala de meditação, caminhando, executando tarefas, comendo... Como se fosse uma extensão da meditação. Isso não havia sido falado nas instruções. Comentei isto com ela e ela me disse que não era esperado que fizéssemos isso, e que eu continuasse com a prática nos horários de meditação. Frustrei geral, achei muito sem graça, e fiquei me remoendo com isso. Pois bem, depois, lá no final e com a prática a gente vê que na verdade... nhum, deixa pra lá isso aqui, sabe... Enfim...

Nem tudo era frustração

Em meio ao caos, esperança! Uma sensação muito boa que tive foi quando num dos intervalos, eu estava no jardim e de repente vi que estava em paz. Sim, simples assim. É estranho mas estar verdadeiramente em paz num contexto como aquele em que eu podia considerar que estava sozinha, assim, comigo mesma, era algo que não me acontecia há tempos. Dei-me conta disto naquele momento pois me lembrei da última vez em que tive aquela sensação: estava sozinha em Geribá, sentada na beira do mar e de repente tudo me pareceu estar simplesmente bem.

Esse estar em paz não quer dizer que não se tenha problemas no momento, que não haja algo que te incomode, ou que os países tenham assinado um tratado de paz mundial. É algo como consciência do que se possui, gratidão, olhar para o passado e perspectivas para o futuro, porém com grande sensação do presente. Tudo ao mesmo tempo, e um ventinho no rosto, o mesmo da praia. Bom. Este momento "reencontro" foi tão importante pra mim que senti que havia valido a pena ter chegado até ali (ali local e momento, tempo, tudo...).

Momento divã

Uma (das) coisa(s) estranhíssima(s) que me aconteceu(ram) foi a percepção de que os meus pensamentos mais recorrentes e tristes em alguns dos períodos de meditação eram sobre o Ziggy. Sim, eu pensava muito no Ziggy e descobri no retiro que ele foi uma espécie de trauma que não foi bem trabalhado na minha vida. Ziggy foi o gato da minha irmã que depois virou gato da casa, e, como foi o primeiro, foi super hiper mimado e querido por todos.

Acontece que ele tinha uma doença rara congênita no coração e morreu com um ano e oito meses, mais ou menos. A morte dele foi muito sofrida, ele tinha dificuldade em respirar e, no final, de andar, mal conseguia se deslocar e dávamos comida e água em sua boca. Coisas e mais coisas e percebi que toda sua história e situação me afetaram mais que eu imaginava. afinal porque estaria eu no meio do retiro de meditação pensando recorrentemente num gatinho? E percebi: apego...

Continue a acompanhar minha saga no Dia 04.

Foto Dhamma Santi: http://farm4.static.flickr.com/3416/3254851999_178c6d6c1b.jpg?v=0
Foto Geribá: http://farm2.static.flickr.com/1274/557258813_4edd4050fc.jpg?v=0
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