quarta-feira, 22 de julho de 2009

Alugando um apartamento - a saga


Atendimento, ou ex-atendimento-agora-só-rabugento, resolveu chutar o balde e fazer uma faculdade de Letras, imaginando que, num mundo povoado de semi-analfabetos, talvez ele pudesse ampliar a gama de serviços imaginários e fornecer textos bem escritos, claros e objetivos para os clientes. Ledo engano. Os clientes insistem em colocar maiúsculas em todas as palavras que consideram importantes, como “Clientes”, Atividades”, ¨Segurança”, “Tradição”, e por aí vai. Não satisfeitos, mantém em suas mentes doentes a idéia de magnitude do texto que o diretor escreveu, só pra puxar o saco, sendo que as mal escritas linhas são um punhado de clichês que não querem dizer coisíssima alguma.

O pobre Atendimento (obs: em caso de função ou cargo específico, é permitido o uso de maiúsculas) terminou às custas de muita paciência a faculdadezinha dele, e num delírio qualquer de resquício de LSD que minha mãe deve ter tomado quando estava grávida, resolveu engatar no mestrado. Pior: em Linguïstica (obs: o uso da trema vale até 2012), coisa da qual não entende lhufas. E, ao estudar para a prova, descobriu que seria impossível fazer um mestrado ou qualquer coisa parecida no lugar onde morava, uma das ruas mais movimentadas e barulhentas de Copacabana, com 30 mil botequins e umas 400 boates de programação duvidosa (e música alta). Conclusão: alugar um apartamento num lugar perto, silencioso, onde pudesse nanar e ler seus livrinhos em paz. Daí começa a saga da busca pelo apartamento perfeito.

PS1: Nada é perfeito, senão eu não estaria emassando a droga da pia do apartamento novo a esta hora da manhã bebendo um copo de vinho, pois ninguém merece.
PS2: As obs perseguem a pobre criaturinha, ocupam sua mente.

By Atendimento – super-rabugento

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